Neste livro, o filósofo brasileiro Mário Ferreira dos Santos apresenta o seu próprio Sócrates – Pitágoras de Melo – e o põe para dialogar com amigos a respeito dos problemas mais basilares da epistemologia e da metafí como o conhecimento é possível? Existem verdades objetivas? O que são os universais? Mas estas perguntas não surgem do nada. Assim como o Sócrates de Platão se opunha ao sofismo que corrompia Atenas, Pitágoras de Melo pretende refutar as “doutrinas negativistas” – como o ceticismo, o relativismo e o idealismo – que promovem na modernidade um niilismo destrutivo tal como fora profetizado por Nietzsche. Em lugar destas, ele defende um modo positivo de fazer filosofia, que seja atento à realidade e reconheça as contribuições já feitas por filósofos anteriores para o conhecimento dela. Capa 320 páginas É Realizações; Ediçã 1ª (30 de outubro de 2017) Português 8580333105 978-8580333107 Dimensões do 23 x 15,8 x 2,6 cm Peso de 458 g
Mário Ferreira dos Santos (Tietê, 3 de janeiro de 1907 – 11 de abril de 1968) foi um filósofo brasileiro, criador de um sistema filosófico a que chamou Filosofia Concreta. Escreveu muitos livros, sobre várias áreas do conhecimento (Filosofia, Psicologia, Oratória, Ontologia, Lógica, etc.), publicados com recursos próprios sob o nome "Enciclopédia de Ciências Filosóficas e Sociais". Segundo Mário Ferreira dos Santos, sua Filosofia Concreta seria completamente baseada na lógica, não havendo possibilidade de discordância de seus pressupostos, a que chamou "teses", denominando-se tal característica como apoditicidade lógica. A primeira tese é a fundamentação de toda a sua filosofia: "Alguma coisa há, e o nada absoluto não há", da qual extrai outras teses, passando pelos principais tópicos da filosofia através dos métodos da filosofia matemática.
Mário Ferreira dos Santos neste livro busca, por meio de diálogos um tanto platônicos, afirmar a filosofia positiva, contra as filosofias negativas que tanto assolam o mundo moderno e como profeticamente previu Nietzsche. Um livro essencial para o nosso tempo como foi para o tempo de Mário e ainda será até o mundo parar de buscar nas lixeiras da filosofia o nada absoluto que tanto tem apreço. Não deixa de ser notável neste volume a refutação ao niilismo, a defesa dos universais (como concebidos pelos grandes escolásticos), e a apresentação de sua teoria gnoseológica (ou epistemologica), que na verdade ele deixa bem claro não ser sua, mas de Pitágoras, que une, em concreção, as teorias de Platão e Aristóteles. Ressalto aos iniciados em MFS que apesar deste ser um livro iniciático e um bom ponto de partida para a filosofia e o filosofar, é necessário um bom conhecimento do conceito de ato e potência, bem como alguma mínima familiaridade com outros conceitos escolásticos. Acredito que a leitura de seu outro livro "Filosofia e Cosmovisão" seja suficiente. Outro aviso: a edição atual vendida pela é realizações é bem abaixo da média. A formatação do texto foi feita sem cuidado e o posfacio-prefácio no final do livro é totalmente dispensável.